Renato Gaúcho tem uma decisão para tomar no comando técnico do Flamengo. A partida diante do Grêmio na Arena do Grêmio foi mais uma daquelas com resultado de alto nível para o Flamengo mas com vários momentos de enormes dificuldades tanto na fase defensiva quanto na fase ofensiva.
O maior problema talvez seja o meio de campo. O quarteto Arrascaeta, Everton Ribeiro, Diego e Arão não tem conseguido fechar as linhas de marcação no meio de campo, que geralmente ficam muito espaçadas em relação a linha de quatro marcadores na defesa. O problema maior está em Arão e Diego, ou mais especificamente ainda, em Diego.
O meia é muito esforçado e sempre busca ajudar, seja na marcação ou na saída de bola. Porém a idade pesa, e além dela o fato de não ser de fato um volante. Diego se sai bem na função até, mas tenta compensar no físico situações que precisaria de “vivência” na posição, sendo que no físico, ele já perde. O resultado é um meio de campo muitas vezes sem qualquer intensidade.
Uma mudança no segundo tempo acabou provocando algo “estranho” na partida contra o Grêmio. As entradas de Michael e Thiago Maia pelas saídas de Diego e Arrascaeta deram muito certo, e o mais interessante, o posicionamento e desempenho defensivo aumentou consideravelmente.
Principalmente ao observar a frente da área rubro negra, as coisas pareciam muito mais seguras com Thiago Maia e Arão do que antes, com Arão e Diego, e de fato isso se confirmou durante todo o segundo tempo. Thiago deu mais intensidade, mas acima disso, deu “pegada” de primeiro volante mesmo, e não de meia jogando em uma posição de marcação, isso faz diferença.
Adotar a postura de ódio a jogadores como se vê com Diego por parte da torcida nas redes sociais é idiotice, mas não conseguir compreender o ganho sem ele em campo também não deverá ser benéfico a longo prazo. Resta saber se Renato bancará a escalação.
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