Recentemente os 20 clubes da primeira divisão do Campeonato Brasileiro anunciaram, em conjunto, a criação de uma Liga Nacional de clubes. A ideia dos dirigentes é de entregar os torneios a gestores e organizadores independentes da CBF. O movimento marca um momento onde os clubes não estão nada satisfeitos com o que vem acontecendo na CBF, inclusive, com o último presidente da entidade.
Os últimos encontros acabaram por expandir essa aliança também com os clubes da Série B. No último encontro, 36 representantes estiveram presentes, em São Paulo. Muita coisa precisa ser decidida antes da Liga realmente funcionar, e esse será o maior desafio, ver até que ponto os clubes estão coesos.
Todos os dirigentes concordam com a necessidade de criar uma Liga, saindo da dependência da CBF, e o plano é de “uniformizar a atuação em negociações, mirando eficiência, transparência e igualdade de tratamento”. O movimento é inédito e deixa os dirigentes otimistas para o futuro.
Este é apenas o primeiro passo. O campeonato ainda não tem data para acontecer e os dirigentes ainda precisarão entrar em consenso sobre vários pontos, inclusive a divisão dos ganhos.
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A expectativa é que o estatuto seja discutido daqui 90 dias, quando os documentos da formação da Liga estiverem prontos. Será no momento do estatuto, que questões comerciais e de governança serão debatidos, assuntos que geralmente acabam trazendo problemas na relação entre os dirigentes.
Ainda não está claro se haverá tempo suficiente para que o torneio comece em 2022, mas o sentimento dos dirigentes é que não existe pressa, e que a Liga precisa ser bem costurada para que nada saia do controle. Um dos dirigentes deverá ser eleito presidente, e ele ficará a cargo de contratar profissionais, sem ligação a clube algum, para gerir o futebol na Liga.
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