O Flamengo conquistou seu último título brasileiro em 2009, há exatamente 10 anos, e desde então, permanece na busca pelo heptacampeonato. Um dos principais personagens daquela conquista, Adriano Imperador, deixa saudades até hoje no torcedor rubro-negro, que não queria se despedir do jogador na época de sua saída, para a Roma-ITA. Em conversa com o Globoesporte.com, o atacante não fechou as portas para um retorno ao futebol, mas explicou o motivo de não ter acontecido. E evitou o termo “aposentadoria”.
— É claro que eu quero voltar, sabendo que não serei o que era antes. Até pelo meu tendão, que operei duas vezes, estou com a idade um pouco acima. Só falta uma oportunidade de um clube que eu me identifique e queira para poder fazer um teste. Não quero contrato nem nada. Mas me botar para treinar e ver se lá na frente dá certo.
Adriano falou também sobre a conquista de 2009, ao lado de Petkovic, Zé Roberto, Leonardo Moura e companhia, dizendo que foi o melhor grupo no qual já trabalhou. Para ele, poucas pessoas acreditavam na conquista, principalmente pelo início ruim que o time fez na competição. No entanto, com a união do clube em torno do objetivo, o hexacampeonato foi conquistado.
— O grupo que ganhou o título, com certeza. Começamos muito mal o campeonato, passamos por uma dificuldade grande e conseguimos nos unir, nos reformar e dar a volta por cima. Era um grupo que queria de verdade obter resultado e conseguiu com muita luta. Muita gente não acreditava, até pela tabela. Era muito difícil. Graças a Deus, conseguimos vencer partidas importantes, houve resultados de times na frente que nos permitiram encostar, e nos deu um brilho de que era possível.
Segundo ele, o grupo que tinha o técnico Andrade no comando era “diferente” de todos os outros com os quais o centroavante trabalhou. O Imperador relembrou sua despedida rumo à Itália, que emocionou os demais companheiros, e destacou o carinho envolvido no elenco.
— Aquele grupo ali era muito unido. Não é porque fomos campeões, mas já passei em vários clubes e no Flamengo era totalmente diferente. Tanto que quando fui me despedir do pessoal para ir para a Roma foi algo que nunca vi na vida. Todo mundo chorando, pedindo para eu ficar. Você vê que tinha um carinho, uma coisa de irmão mesmo, de família. Foi um momento muito especial para mim. Só tenho a agradecer. Aprendi muito com esse grupo.
Por: Coluna do Fla