Afinal, o que mudou depois do fatídico 5 a 0 diante do Del Valle?
- By: Aloizio Pita de Castro Jr
- • 08.10.2020
- Atualizado em 08.10.2020
Vitória humilhante para um adversário considerado de nível médio. Jogadores por vezes demonstrando insatisfação tanto dentro quanto fora de campo e um trabalho que não apresentava qualquer sintoma de melhora. Esse era o Flamengo de até poucos dias atrás, e não só pela derrota para o Del Valle. Mas pelo “conjunto da obra”.
O time era espaçado, os meias não desempenhavam o futebol que o torcedor se acostumou e o estilo de jogo de Dome parecia absurdamente diferente daquilo que Jesus conseguiu desenvolver com tanta competência. Era um cenário total de descrédito.
Mas o futebol é maluco, assim como a vida. Quando nada parecia poder ficar pior, ela ficou. Surto de covid, sem jogadores profissionais para entrar em campo, jogadores do sub-20 convocados as pressas, Libertadores pela frente com classificação em risco. Não tem como isso dar certo!
Mas deu.
Deu certo talvez por uma fagulha reacendida e a vontade dos jogadores de vencer novamente com o clube, talvez porque os jovens jogadores, cheios de vontade e gana, entraram em campo e pouco se importaram em saber se o sistema era posicional ou não. Eles simplesmente jogaram bola. E jogaram muito.
Não dá para dizer que grandes sistemas de jogo foram pensados por Dome e sua comissão. Não deu tempo de fazer isso. Pequenos ajustes talvez, mas a mudança é de postura.
O Flamengo é hoje, mesmo quando vai mal, um time que novamente apresenta garra em campo. Tem tesão. Mas esse tesão também se nota no próprio Domenec, mais ativo à beira do gramado, se nota nos auxiliares. Alguma coisa aconteceu internamente. O resultado dos 5 a 0 diante do Del Valle poderá ter sido o mais importante do ano para o Flamengo. Não pelo resultado, humilhação. E sim, pelo que se ganhou após ele. De novo, o Flamengo que nós gostamos de ver em campo.
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