O
Globo – A ação de reintegração de posse no prédio localizado na Avenida Rui da
Barbosa, no Flamengo, Zona Sul do Rio, começou na manhã desta terça-feira. Os
invasores estão deixando o local e há confusão com policiais do Batalhão de
Choque, que entraram no edifício. Antes de sair, eles atearam fogo em papelões
em um apartamento no segundo andar. O grupo será levado para um abrigo em Santa
Cruz.
Oficiais
de justiça estiveram mais cedo no prédio e, junto com defensores públicos,
conversaram com os invasores. Policiais militares e do Batalhão de Choque, além
de guardas municipais estão no local. Há 15 veículos da Polícia Militar, um
helicóptero e motociclistas da PM no local. O edifício Hilton Santos, que está
arrendado pelo empresário Eike Batista, foi ocupado na semana passada por cerca
de 300 pessoas.
de justiça estiveram mais cedo no prédio e, junto com defensores públicos,
conversaram com os invasores. Policiais militares e do Batalhão de Choque, além
de guardas municipais estão no local. Há 15 veículos da Polícia Militar, um
helicóptero e motociclistas da PM no local. O edifício Hilton Santos, que está
arrendado pelo empresário Eike Batista, foi ocupado na semana passada por cerca
de 300 pessoas.
Devido
à ação de desocupação, a Avenida Rui Barbosa está interditada na altura da
Enseada de Botafogo. O desvio está sendo feito pelo Aterro do Flamengo e pela
Praça Nicarágua. Há retenções em diversas vias da região. Está complicado o
trânsito no Aterro do Flamengo, sentido Centro; ao longo da Rua Senador
Vergueiro; ao longo da Avenida Oswaldo Cruz; na Avenida das Nações Unidas
(Enseada de Botafogo), sentido Centro; ao longo da Praia de Botafogo, sentido
Centro; no Viaduto Santiago Dantas; e na Rua Pinheiro Machado, sentido Túnel
Santa Bárbara.
à ação de desocupação, a Avenida Rui Barbosa está interditada na altura da
Enseada de Botafogo. O desvio está sendo feito pelo Aterro do Flamengo e pela
Praça Nicarágua. Há retenções em diversas vias da região. Está complicado o
trânsito no Aterro do Flamengo, sentido Centro; ao longo da Rua Senador
Vergueiro; ao longo da Avenida Oswaldo Cruz; na Avenida das Nações Unidas
(Enseada de Botafogo), sentido Centro; ao longo da Praia de Botafogo, sentido
Centro; no Viaduto Santiago Dantas; e na Rua Pinheiro Machado, sentido Túnel
Santa Bárbara.
Durante
a noite desta segunda-feira, houve tumulto no local. Pelo menos três pessoas
passaram mal. Uma delas, segundo os ocupantes, foi Fernanda da Silva Pessoa, de
34 anos, que estava grávida de seis meses e teve o filho dentro de um dos
banheiros do prédio. Ela foi encaminhada, junto com o bebê, para a Unidade de
Pronto Atendimento (UPA) de Botafogo. E, depois, levada para o Hospital
municipal Miguel Couto. A mãe e o recém-nascido passam bem e estão sendo
avaliados pela equipe médica.
a noite desta segunda-feira, houve tumulto no local. Pelo menos três pessoas
passaram mal. Uma delas, segundo os ocupantes, foi Fernanda da Silva Pessoa, de
34 anos, que estava grávida de seis meses e teve o filho dentro de um dos
banheiros do prédio. Ela foi encaminhada, junto com o bebê, para a Unidade de
Pronto Atendimento (UPA) de Botafogo. E, depois, levada para o Hospital
municipal Miguel Couto. A mãe e o recém-nascido passam bem e estão sendo
avaliados pela equipe médica.
— A
criança caiu dentro do vaso sanitário. A mulher ficou apreensiva, e isso fez
com que ela passasse mal. Ela teve hemorragia — disse a irmã Andreia Pessoa.
criança caiu dentro do vaso sanitário. A mulher ficou apreensiva, e isso fez
com que ela passasse mal. Ela teve hemorragia — disse a irmã Andreia Pessoa.
Pela
manhã, um homem saiu do edifício com o pé ferido. Não há detalhes de como ele
se machucou. Ele foi atendido pelo Corpo de Bombeiros, que está no local.
manhã, um homem saiu do edifício com o pé ferido. Não há detalhes de como ele
se machucou. Ele foi atendido pelo Corpo de Bombeiros, que está no local.
Além
de Fernanda, segundo testemunhas, outras pessoas passaram mal. Uma teve crise
epilética, e outra, na correria, se feriu na cabeça.
de Fernanda, segundo testemunhas, outras pessoas passaram mal. Uma teve crise
epilética, e outra, na correria, se feriu na cabeça.
Também
ocupante do imóvel, Célia Regina Cesário afirmou que eles não vão resistir à
ação de reintegração de posse.
ocupante do imóvel, Célia Regina Cesário afirmou que eles não vão resistir à
ação de reintegração de posse.
—
Estamos muito apreensivos. Mas não vamos reagir. Aqui não tem bandido, e a
gente vai sair — disse ela. — Depois, nós vamos para a rua. Acampar em qualquer
lugar que estiver vazio, em qualquer marquise. A luta pela moradia vai
continuar.
Estamos muito apreensivos. Mas não vamos reagir. Aqui não tem bandido, e a
gente vai sair — disse ela. — Depois, nós vamos para a rua. Acampar em qualquer
lugar que estiver vazio, em qualquer marquise. A luta pela moradia vai
continuar.
Agentes
da Secretaria municipal de Assistência Social chegaram há pouco com água e
alimento para as cerca de 80 crianças que estao no prédio.
da Secretaria municipal de Assistência Social chegaram há pouco com água e
alimento para as cerca de 80 crianças que estao no prédio.
ESPERA POR AGRAVO DE INSTRUMENTO
De
acordo com o coordenador do Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública
estadual, João Helvécio, ainda está sendo aguardada uma resposta judicial sobre
o agravo de instrumento interposto contra a decisão da 36ª Vara Cível, que
concedeu a liminar de reintegração de posse do prédio. Segundo Helvécio, um
pedido feito pelo Instituto de Terra e Habitação do estado, que também está
disposto a intermediar a a reintegração, pediu um prazo de 30 dias para que um
mapeamento seja feito sobre as famílias invasoras. Nesse período, os invasores
permaneceriam no edifício:
acordo com o coordenador do Núcleo de Terras e Habitação da Defensoria Pública
estadual, João Helvécio, ainda está sendo aguardada uma resposta judicial sobre
o agravo de instrumento interposto contra a decisão da 36ª Vara Cível, que
concedeu a liminar de reintegração de posse do prédio. Segundo Helvécio, um
pedido feito pelo Instituto de Terra e Habitação do estado, que também está
disposto a intermediar a a reintegração, pediu um prazo de 30 dias para que um
mapeamento seja feito sobre as famílias invasoras. Nesse período, os invasores
permaneceriam no edifício:
— A
reintegração de posse como está sendo feita exageradamente rápida, não tem o
menor sentido, porque o prédio não vão ter nenhum proveito econômico para quem
quer que seja. Queremos sensibilizar o estado e o município para que busquem
soluções razoáveis. Não acho esse prazo de 30 dias, pedido pelo instituto
exagerado. Fazer a reintegração nesta terça-feira significa impedir um cadastro
dessas famílias para enviar ao governo.
reintegração de posse como está sendo feita exageradamente rápida, não tem o
menor sentido, porque o prédio não vão ter nenhum proveito econômico para quem
quer que seja. Queremos sensibilizar o estado e o município para que busquem
soluções razoáveis. Não acho esse prazo de 30 dias, pedido pelo instituto
exagerado. Fazer a reintegração nesta terça-feira significa impedir um cadastro
dessas famílias para enviar ao governo.
Nesta
segunda-feira, a Justiça negou o pedido de suspensão da liminar da 36ª Vara
Cível. O pedido foi feito na última sexta-feira pela Defensoria Pública.
segunda-feira, a Justiça negou o pedido de suspensão da liminar da 36ª Vara
Cível. O pedido foi feito na última sexta-feira pela Defensoria Pública.
Ocupado
inicialmente por 40 pessoas na madrugada do dia 7 deste mês, o Edifício Hilton
Santos teve a reintegração de posse determinada pela Justiça na quinta-feira
passada.
inicialmente por 40 pessoas na madrugada do dia 7 deste mês, o Edifício Hilton
Santos teve a reintegração de posse determinada pela Justiça na quinta-feira
passada.