O jornal Extra publicou na tarde de hoje uma matéria sobre o panorama geral do Flamengo atual. E o cenário que o jornal expõe é extremamente perigoso e preocupante para o clube. Segundo matéria, os jogadores tomaram conta do clube. Esse cenário já não é novidade, e ele dificulta muito para a diretoria analisar o trabalho do Rogério Ceni. Afinal, não adiantaria nada mudar treinador se o problema no comando da equipe não for resolvido.
A maioria dos dirigentes do Flamengo possuem pouco contato com o dia a dia dentro do clube. Não à toa, recentemente, Landim resolveu passar alguns dias no Ninho. Fato que causou estranheza nos profissionais do futebol.
Apenas Marcos Braz e Bruno Spindel possuem um pouco mais de contato no futebol. E mesmo assim, não tem sido suficiente. Portanto, a interferência deles em relação a comissão técnica e os jogadores não existe. Marcos Braz tenta conversar, mudar o panorama geral dentro do clube, mas ao mesmo tempo evita grandes atritos para manter um clima. Já Spindel é visto como bom negociador, porém de pouco conhecimento de vestiário.
Além destes, temos também Rodrigo Tostes e BAP, que são de outras pastas mas cobram bastante o futebol. A relação destes com os jogadores é zero, de forma que praticamente só veem os jogadores nos dias dos jogos. Portanto, nenhum consegue entender o que acontece internamente, e todos estão perdidos.
Diretoria isolada abre precedente
Com a diretoria de maneira geral, isolada do dia a dia no futebol, o “comando” fica em aberto e os jogadores assumem essa função. Desde que Jorge Jesus saiu do Flamengo, o futebol perdeu seu comando, Jesus gostava de assumir toda as decisões no futebol, coisa que não acontece mais. Foi exatamente neste momento que faltou alguém para tomar as rédeas. A chamada geração 85, formada por Diego Ribas, Diego Alves, Filipe Luís e Rafinha (na época), começaram a tomar as maiores decisões no departamento. Essa divisão dos jogadores, em grupos, acabou aumentando com o passar do tempo.
Outra ala, com Gérson e os jogadores mais jovens do Flamengo, “nasceu”. Juntos, eles se sentem incomodados com as regalias dadas aos experientes, principalmente depois de chegada de Rogério Ceni, que parece ter escolhido para si, os mais experientes.
Assim, a sensação é de que falta estímulo, competitividade, união. O Flamengo hoje está totalmente perdido, falta comando, alguém para falar não aos jogadores. Jorge Jesus era essa pessoa.
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