![]() |
Números das transferências nacionais em 2016 (Reprodução SporTV) |
SPORTV:
A
CBF divulgou os números referentes às transferências feitas no país em 2016 e
um deles chamou bastante atenção do jornalista Rodrigo Capelo: dos R$ 68,77
milhões movimentados nas transações domésticas (dentro do país), R$ 18,34
milhões ficaram com os empresários. A fatia é considerada alta por Capelo, que
analisou os números no “Redação SporTV” desta quarta-feira.
– São
R$ 18 milhões que foram parar na mão de intermediários, que são os empresários.
Se fizer o cálculo percentual, são 26%. É muita coisa, muito dinheiro que sai
do futebol e fica na mão de empresários. É bom lembrar que a Fifa fez
modificações nessa relação. Antes, o empresário levava o dinheiro com o direito
econômico do atleta, que é a multa pela rescisão, hoje é uma comissão por ter
intermediado um tipo de negociação entre um clube e outro. Mas esse percentual
está muito acima inclusive de outros setores do mercado – avaliou.
R$ 18 milhões que foram parar na mão de intermediários, que são os empresários.
Se fizer o cálculo percentual, são 26%. É muita coisa, muito dinheiro que sai
do futebol e fica na mão de empresários. É bom lembrar que a Fifa fez
modificações nessa relação. Antes, o empresário levava o dinheiro com o direito
econômico do atleta, que é a multa pela rescisão, hoje é uma comissão por ter
intermediado um tipo de negociação entre um clube e outro. Mas esse percentual
está muito acima inclusive de outros setores do mercado – avaliou.
Capelo
acredita que a fatia poderia ser inferior, considerando que a parcela destinada
aos intermediários, conforme os dados da CBF, corresponde a 1/4 do total.
acredita que a fatia poderia ser inferior, considerando que a parcela destinada
aos intermediários, conforme os dados da CBF, corresponde a 1/4 do total.
– O
empresário faz parte do mercado e não é minha intenção “demonizar” o
empresário. O único ponto é que quando você fala que a cada R$ 1 gasto pelo
clube em uma transferência, 0,26 centavos ficam na mão do empresário, você tem
um percentual muito alto. Qual o ideal? Não dá pra dizer com precisão: 5%, 10%
ou 15%. Mas 1/4 do dinheiro me parece muita coisa – disse.
empresário faz parte do mercado e não é minha intenção “demonizar” o
empresário. O único ponto é que quando você fala que a cada R$ 1 gasto pelo
clube em uma transferência, 0,26 centavos ficam na mão do empresário, você tem
um percentual muito alto. Qual o ideal? Não dá pra dizer com precisão: 5%, 10%
ou 15%. Mas 1/4 do dinheiro me parece muita coisa – disse.
Capelo
não chegou a fazer comparação com números de outros países, mas destacou a
grande participação de intermediários nos negócios no Brasil.
não chegou a fazer comparação com números de outros países, mas destacou a
grande participação de intermediários nos negócios no Brasil.
– É
fato que a participação intermediária é comum principalmente em mercados menos
desenvolvidos do futebol, onde tem menos regulação. Quando você vai para a
Alemanha ou Inglaterra, a atuação desses empresários é mais regulada e as coisas
são mais comedidas. Quando pega Brasil, Portugal, Espanha, Argentina, mercado
sul-americano, a participação dos empresários é maior e eles levam um naco
maior das receitas dos clubes – considerou.
fato que a participação intermediária é comum principalmente em mercados menos
desenvolvidos do futebol, onde tem menos regulação. Quando você vai para a
Alemanha ou Inglaterra, a atuação desses empresários é mais regulada e as coisas
são mais comedidas. Quando pega Brasil, Portugal, Espanha, Argentina, mercado
sul-americano, a participação dos empresários é maior e eles levam um naco
maior das receitas dos clubes – considerou.
Os
dados da CBF também revelam dados de transferências internacionais. Em 2016,
694 atletas que estavam no exterior retornaram ao Brasil. O número é maior em relação a atletas que
deixaram o Brasil para atuar fora: foram 760 transferências de clubes brasileiros
para estrangeiros.
dados da CBF também revelam dados de transferências internacionais. Em 2016,
694 atletas que estavam no exterior retornaram ao Brasil. O número é maior em relação a atletas que
deixaram o Brasil para atuar fora: foram 760 transferências de clubes brasileiros
para estrangeiros.