Em tempos de volantes modernos, Alejandro Mancuso pode ser apontado hoje como um verdadeiro representante do termo ‘volante raiz’. Com passagem pelo Flamengo entre 1996 e 1997, o argentino – em entrevista ao Canal Fox Sports – falou dos bons momentos vividos com a camisa Rubro-Negra, inclusive em situações curiosas, quando se negava a trocar o Manto Sagrado com os adversários.
– Eu sabia que lá no meio tinha que correr, tinha que dar porrada, tinha que jogar, mas quando olhava para frente estava Romário. E eu sabia que com Romário tinha gol. Dava a vida pelo Flamengo, pela camisa, pela torcida. No final do jogo todo mundo chegava para mim e falava: ‘Mancuso, me troca a camisa?’ E eu falava: ‘Meu amigo, não troco a camisa não, porque para mim a camisa do Flamengo é o melhor de tudo’”.
Campeão Carioca em 1996 em um time que contava com Sávio, Nélio e Iranildo, além de Romário, entre outros, Mancuso passou por clubes tradicionais em seu país, como Vélez Sársfield e Boca Juniors e Seleção da Argentina. Mesmo assim, nada que se compare a atuar pelo Mais Querido no templo sagrado do Maracanã.
– Eu acho que na minha carreira, esse passo para o Flamengo foi inesquecível, porque entrei muito rápido no coração do torcedor e eu gostei muito de jogar no Flamengo, porque eu tinha um futebol que saía para o jogo, mas na hora da marcação era tudo. A bola, ou ficava comigo, ou ficava comigo. Então, eu sempre tive aquela mentalidade: não deixava a bola perdida, sabe? Colocar esse Manto Sagrado, essa camisa do Flamengo e ter essa torcida por trás, na hora que eu saía no Maracanã eu falava ‘não tem para ninguém, sou eu’. Então esse passo para o Flamengo é a maior lembrança que tenho na minha vida no futebol -, se declarou o argentino.
Por: Coluna do Fla