Na última quarta feira 29, a torcida do Flu proferiu cânticos de “Time de Assassino”, referindo-se ao Flamengo no jogo entre os dois times. Com isso, o Mengão está de parabéns, pois está avaliando se vai ingressar com uma notícia de infração e estuda também outras hipóteses cabíveis ao ocorrido.
Basicamente, essa situação se enquadra no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportivo, uma vez que trata de desordem na praça de desporto. Nesse caso, há previsão de multa e perda de mando de campo caso o pleito do Fla seja procedente.
Esse canto faz alusão ao incêndio que matou 10 jovens no Ninho do Urubu. A letra indignou diretoria e jogadores. Inclusive, o atacante Yuri Cézar deixou o campo chorando, por exemplo.
“A gente não controla, o que a gente pode afirmar é que não há assassinos no Flamengo. O que aconteceu até hoje machuca a gente, porque vai ficar marcando na história do clube… Não controlo o grito da torcida adversária que tenta nos atingir, mas acho um absurdo…” – Ressalta Maurício Souza, técnico do Mengão.
O Fluminense manifestou sua solidariedade com as vítimas da tragédia no Ninho do Urubu desde o primeiro momento. Contudo, não se pode deixar de registrar o ato inadequado de sua torcida no Fla-Flu dessa quarta-feira. O que aconteceu na tragédia, não deve ser avaliado por nós, mas sim, pelos órgãos competentes.
Todos os jogadores e integrantes do Flamengo sofrem com o ocorrido, principalmente as famílias, e existe a necessidade de amor ao próximo no futebol também. Nesse ínterim, o Fluminense aproveita para fazer um apelo pedindo que parem com essas atitudes semelhantes em todas as torcidas do Brasil.
Inclusive, o Vasco também entoou o mesmo cântico e não se viu qualquer repercussão pela mídia ou cobrança de opinião pública. Portanto, não aceitaremos que o Flu seja rotulado num caso em que todas as torcidas estão envolvidas. Sem falar em homofobia, racismo ou insulto à honra que é costumeiro em todos estádios.