Gabigol é sem sombra de dúvidas a maior contratação da história do futebol brasileiro. E não apenas pelo valor movimentado, como também pela bola que joga. É difícil hoje imaginar um atacante que faça algo próximo ao do camisa 9 do Flamengo (até do próprio Bruno Henrique).
Diante de um 2019 tão histórico do Flamengo e de Gabigol, o clube não pensou duas vezes. Investiu R$78 milhões em sua contratação, e de fato é um investimento. Gabigol tem se pagado em campo, fazendo gols decisivos e que gera ao clube mais que o valor pago por ele.
A negociação entre Flamengo, Inter e o próprio Gabigol não foi das mais simples. Até pelo “tamanho” do jogador e de tudo que aconteceu em 2019, a possibilidade de uma proposta grande chegar até ele assombrava os dirigentes rubro-negros. Até por isso as negociações começaram ainda em 2019, antes inclusive do final do ano.
Foi em agosto que o Flamengo conseguiu encontrar um denominador comum com a Inter. O valor estabelecido na época foi praticamente o mesmo fechado em 2020. Por incrível que pareça, a maior dificuldade foi em negociar com Gabigol.
Os planos de Gabigol e a negociação
O atleta tinha o sonho de voltar a Europa e “calar a boca” de seus críticos. Mas ao mesmo tempo não queria ir para qualquer clube, sem ambição. O tempo se passava e a tal sonhada proposta não chegava.
Foi em 12 de janeiro que Marcos Braz e Spindel se reuniram com o empresário Junior Pedrozo, o advogado Christian Toledo e o pai de Gabigol, Valdemir Silva. Ali ficou estabelecido o salário de Gabigol, R$1,5 milhão, o mais bem pago do país.
Mas Gabigol também abriu mão de uma quantia. Os valores considerados “variáveis” no contrato, como em premiações, foram diminuídos, alguns até retirados.
De um lado o Flamengo entendeu que valia o investimento e esforço depois de tudo em 2019. Do outro lado Gabigol entendeu que também valia a pena ficar no Flamengo, com sua torcida e tamanho ao invés de se aventurar em qualquer clube europeu. Assim, o namoro virou casamento.
E sejamos sinceros? O ano de 2020 começou incrível para Gabigol, o camisa 9 não para de balançar as redes. Está difícil não levantar a plaquinha.