Roger Flores é uma tristeza.

Juca
Kfouri – Não tenho nada contra ex-jogadores que viram comentaristas de futebol.

Ao
contrário, reconheço em muitos deles a experiência que nós, jornalistas, não
temos.

Tanto
que acho Tostão o melhor de todos nós, não só porque é, como, entre outras
coisas, porque passo longe de corporativismos.

Mas
venho aqui para lamentar o que é Roger Flores como comentarista.

Fred
falou ao SPORTV depois do jogo do Flu e respondeu aos cartolas Rubinho e Eurico
Miranda, mostrando como ambos foram falsos e demagogos ao dizer que davam
emprego a três mil famílias.

Fred
disse o que todo mundo sabe: é preciso ter um calendário que permita aos
jogadores dos clubes menores jogarem durante toda a temporada, como os dos
maiores, não apenas por três meses, como hoje em dia, bandeira do Bom Senso FC.

Roger,
que quando jogou ficou longe de ser um profissional exemplar,  meio que reclamou de Fred, falou de maneira
subserviente em relação aos dois cartolas que infelicitam o futebol brasileiro
e, em tom de lamento, deplorou que o artilheiro tricolor tenha dado nova pauta
ao jornalismo esportivo

Foi
preciso que Lédio Carmona, delicadamente, 
interviesse para botar os pingos nos ís, ao falar da necessidade de a
CBF repensar o calendário e ao mostrar o absurdo que é uma semifinal de
campeonato levar apenas 14 mil pagantes ao Maracanã etc etc etc.

Lédio,
jornalista dos bons, nunca jogou futebol profissional e provavelmente
preferiria não ser posto aqui como contraponto.

Peço
desculpas a ele, mas foi inevitável.

Não se
trata de querer que Roger pense igual ao Lédio ou a mim.

Nem
que seja ele o corporativista e deva se posicionar sempre em defesa dos
jogadores.

Apenas
seria aconselhável que tivesse um mínimo de pudor.

Só um
pouquinho já estaria bom.