ESPN
F.C. – Momentos difíceis vêm e vão em qualquer espécie de relacionamento. Ainda
mais quando se trata de algo intenso como a paixão de um torcedor pelo seu
clube de futebol, que acaba com dias, vara madrugadas e esvazia tardes por
causa de 90 minutos, 22 homens e uma bola.
É por
esse tipo de envolvimento que, dentre todas as reações demonstradas por um
jogador dentro de campo, a apatia está entre as mais revoltantes. Ver um atleta
que não parece se importar muito com o jogo, com o clube e, por consequência,
com sua torcida, é intragável. Não há uma representatividade que justifique a
entrega do torcedor.
esse tipo de envolvimento que, dentre todas as reações demonstradas por um
jogador dentro de campo, a apatia está entre as mais revoltantes. Ver um atleta
que não parece se importar muito com o jogo, com o clube e, por consequência,
com sua torcida, é intragável. Não há uma representatividade que justifique a
entrega do torcedor.
Assistindo
aos jogos do Flamengo, por vezes me pego pensando nisso. Será que os jogadores
ali realmente se importam com o que se passa com o clube? Com o resultado que
terão na temporada? Se terminarão o ano campeões ou não? Se não for o caso,
seriam eles dignos de representar a todos nós?
aos jogos do Flamengo, por vezes me pego pensando nisso. Será que os jogadores
ali realmente se importam com o que se passa com o clube? Com o resultado que
terão na temporada? Se terminarão o ano campeões ou não? Se não for o caso,
seriam eles dignos de representar a todos nós?
As
respostas para cada uma dessas perguntas têm sido um convicto “não”.
Mas as coisas mudam rápido, e as respostas se fragilizaram no chorar de Jorge
após o gol diante do Náutico. Balançando as redes pela primeira vez desde que
passou a acompanhar os profissionais, o lateral não se conteve e se atirou no
gramado emocionado.
respostas para cada uma dessas perguntas têm sido um convicto “não”.
Mas as coisas mudam rápido, e as respostas se fragilizaram no chorar de Jorge
após o gol diante do Náutico. Balançando as redes pela primeira vez desde que
passou a acompanhar os profissionais, o lateral não se conteve e se atirou no
gramado emocionado.
Foi
intenso, bonito e verdadeiro. Foi um tapa na cara dos céticos, como eu, que
sentem a morte do futebol como se conhecia, numa era de jogadores e times sem
qualquer representatividade com a torcida e a história que carregam. No fundo,
é a certeza de que, chorando ou não, alguém se importa. É o abandono da
impotência para chegar à sensação de que, no final das contas, não estamos
sozinhos. E talvez nunca estaremos. Voa bem alto, Jorge.
intenso, bonito e verdadeiro. Foi um tapa na cara dos céticos, como eu, que
sentem a morte do futebol como se conhecia, numa era de jogadores e times sem
qualquer representatividade com a torcida e a história que carregam. No fundo,
é a certeza de que, chorando ou não, alguém se importa. É o abandono da
impotência para chegar à sensação de que, no final das contas, não estamos
sozinhos. E talvez nunca estaremos. Voa bem alto, Jorge.
Matheus
Meyohas
Meyohas