Poucas horas depois de o governo do Estado do Rio de Janeiro ter repassado oficialmente a administração do Maracanã para Flamengo e Fluminense, o Vasco entrou na Justiça nesta sexta-feira com um pedido de mandado de segurança para tentar anular a decisão. A ação diz que o acordo firmado no Palácio Guanabara, sede do Governo, é um ato abusivo e ilegal. O pedido vai ser analisado pela terceira vara da Fazenda Pública, juíza Mirela Esbisti.
O Vasco pede a anulação alegando que o acordo foi celebrado sem licitação. Caso a justiça entenda que a dispensa da licitação é válida, os cruz-maltinos pedem que se abra um novo prazo para que outros clubes possam participar do processo. A alegação é de que o prazo inicial estipulado pelo governo beneficiou os rivais, que já tinham contratos de uso permanente do estádio. Assim, detinham conhecimentos privilegiados diante dos demais interessados.
Durante o evento no Palácio Guanabara, o governador Wilson Witzel fez duras críticas ao Vasco.
– Lamentável, poderia ter participado, não participou porque não quis. Quando ainda estava no tribunal, a gente chamava isso de “news sperniandi” (sic), ou seja, o sujeito não participou, teve reflexos negativos e agora está esperneando. Não é um papel que se espera de um dirigente de clube.
Na quarta-feira, o ex-presidente do Conselho Deliberativo do Vasco, Luis Manoel Fernandes, entrou com uma ação popular, e a 13ª Vara de Fazenda Pública estipulou um prazo de 72 horas para o Estado do Rio de Janeiro se manifestar sobre a concessão do Maracanã.
Por: Globo Esporte